Quem viu o show feito pela Nação Zumbi na cidade do Rio de Janeiro (RJ), no último fim de semana, já sabe que o baterista Pupillo Oliveira deixou o posto da banda pernambucana.
Tom Rocha – que já tocava tambor no grupo – assume a bateria e passa a integrar oficialmente o grupo ao lado de Jorge Du Peixe (voz), Lucio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Toca Ogan (percussão), Gustavo da Lua (alfaia) e Marcos Matias (alfaia).
A saída de Pupillo – feita sem alarde e sem comunicados oficiais por parte da banda e do músico – não chega a surpreender o universo pop. Por conta da atividade de produtor musical de discos, Romário Menezes de Oliveira Jr. já tinha se tornado maior do que os outros músicos da Nação Zumbi, com agenda cheia em estúdios de gravação.
Do ano passado para cá, a atividade de produtor de álbuns alheios foi dando crescente visibilidade a Pupillo – sobretudo após a dobradinha feita com Marcus Preto, diretor artístico de álbuns incensados de Paulo Miklos (A gente mora no agora, de 2017), Erasmo Carlos (...Amor é isso, disco deste ano de 2018) e Gal Costa (Estratosférica ao vivo, de 2017), todos produzidos por Pupillo.
Também piloto do álbum de músicas inéditas que Gal lança esta semana, A pele do futuro, Pupillo chegou a declarar em entrevistas que o trabalho com a Nação Zumbi continuava sendo a prioridade. Mas é fato que a demanda de Pupillo como produtor musical foi se ampliando (e dando prestígio adicional ao artista) a ponto de provocar a saída silenciosa do baterista do grupo.
Não foi a primeira vez que um músico deixou uma banda por ter alcançado mais destaque fora dela. E tampouco será a última. Faz parte do show.
Fonte: G1 Mauro Ferreira