03/10/2019

Coringa estreia gerando polêmica

"Por que tão sério?" A clássica frase do Coringa poderia muito bem ser dirigida àqueles que agora criticam a mais recente incursão do icônico personagem dos quadrinhos no cinema.

Dirigido por Todd Phillips, Coringa estreia nesta semana no Brasil e em diversos outros países com Joaquin Phoenix no papel do vilão do universo de Batman. O filme conta a origem do personagem sombrio e sua entrada para o mundo do crime.

Mesmo antes de ser lançado, o longa foi bastante elogiado por uma parte da crítica e ganhou o Leão de Ouro na mais recente edição do Festival de Cinema de Veneza.

Ao mesmo tempo, o filme tem gerado controvérsia nos Estados Unidos por supostamente glorificar a violência. Seus críticos temem que possa inspirar jovens a cometer os mesmos atos retratados na tela.

Essa polêmica ocorre em um país onde 2.220 atentados a tiros em massa foram cometidos desde o ataque de 2012 à escola Sandy Hook, na cidade de Newton, no Estado do Connecticut.

Algumas das vozes mais enfáticas neste sentido são as de parentes de vítimas do tiroteio em Aurora, no Estado do Colorado, em que 12 pessoas foram mortas enquanto assistiam à estreia do filme "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", em 20 de julho de 2012.

"Queremos deixar claro que apoiamos o direito à liberdade de expressão. Mas, como qualquer pessoa que tenha assistido a um filme sobre quadrinhos pode dizer, com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades", diz um comunicado enviado ao estúdio Warner Bros., produtor do filme, pelo grupo de famílias das vítimas daquele atentado.

"É por isso que estamos pedindo à Warner Bros. que use seu poder, influência e sua plataforma para trabalhar ao nosso lado para dificultar o acesso às armas de fogo."

Por sua vez, a empresa, proprietária de todo o catálogo da DC Comics (que inclui Super-homem, Batman e Mulher Maravilha), respondeu que "reconhece que a violência armada é um problema crítico em nossa sociedade".

"Ao mesmo tempo, a Warner Bros. acredita que uma das funções da narrativa de histórias é estimular conversas difíceis sobre questões complexas. Não se enganem: nem o personagem Coringa nem o filme apoiam qualquer tipo de violência no mundo real."

Assista ao trailer!

 

 

 

 

Fonte: G1 Cinema

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