Ludmilla anda caindo no samba. Enquanto apronta EP de pagode para ser lançado neste ano de 2020, a estrela do pop funk carioca põe voz em samba lançado em 1943 pelo cantor carioca Cyro Monteiro (1913 – 1973).
Ludmilla regravou Beija-me para a abertura da novela "Salve-se quem puder". Composição de autoria de Roberto Martins (1909 – 1992) e Mário Rossi (1911 – 1981), Beija-me é um dos maiores sucessos do gênero conhecido como samba sincopado.
Com acentuação das síncopes, esse tipo de samba exige apurado senso rítmico dos intérpretes que se aventuram a cantá-lo. Cyro Monteiro tinha esse senso rítmico, por vezes rotulado figurativamente como telecoteco. Elza Soares também sempre o teve. E, não por acaso, regravou Beija-me já no segundo álbum da carreira, "A bossa negra", editado em 1960.
Mais recentemente, em 2006, Zeca Pagodinho reviveu Beija-me em gravação ao vivo feita em clima de gafieira. O registro de Zeca popularizou o samba entre gerações mais jovens.
Cabe agora a Ludmilla apresentar o sincopado de Beija-me para a geração pop funk do Brasil de 2020.
Fonte: G1 Mauro Ferreira