05/03/2024

Emicida denuncia anestesia coletiva no single 'Acabou, mas tem...'

“Belisque o seu próprio braço e pergunte-se / Se você ainda é capaz de sentir algo / Ainda é capaz de sentir algo”, propõe Emicida nos versos finais de Acabou, mas tem..., música inédita do rapper paulistano, apresentada em single e clipe postos em rotação ontem, 29 de fevereiro. A provocação final denuncia a anestesia coletiva que imobiliza o ser humano diante dos horrores do sanatório geral chamado mundo.

Primeiro single inédito de Emicida desde São Pixinguinha (2021), Acabou, mas tem... imprime o D.N.A. positivista desse rapper que enxerga e denuncia o caos social sem deixar de apontar a esperança em dias melhores e de valorizar o afeto no corre cotidiano.

Mesmo sem o impacto de discos anteriores de um artista que vem de álbum antológico, AmarElo (2019), o single Acabou, mas tem... é fiel à ideologia de Emicida e flagra o cantor e compositor em movimento contínuo.

Orquestrada pelo próprio Emicida com Damien Seth, a produção musical harmoniza no arranjo as sete cordas do violão de Gabriel Borges com a flauta e o clarinete soprados por Dirceu Leite.

De certa forma, o single Acabou, mas tem... descende da linguagem musical do já mencionado álbum AmarElo, disco pautado pelo cruzamento do rap com o ritmo caracterizado por Emicida como “neo samba”. Tanto que está sendo lançado no embalo da iminente estreia do derradeiro braço da turnê promocional deste disco, AmarElo – A gira final, que levará Emicida por 12 cidades do Brasil a partir da próxima sexta-feira, 8 de março.

Ao mesmo tempo, o single Acabou, mas tem... também parece dar mais um passo na obra do inquieto artista, sinalizando um próximo movimento que virá em 2024 ou em 2025.

 

 

Fonte: G1

 

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