Um dos percussionistas referenciais do universo musical afro-baiano, Gabi Guedes nasceu e se criou no Alto do Gantois – região que abriga terreiros na Federação, bairro de Salvador (BA) – no colo de Maria Escolástica da Conceição Nazaré (1894 – 1986), ialorixá imortalizada como Mãe Menininha.
É com a autoridade de quem se deitou no berço da ancestralidade que o músico soteropolitano celebra as ialorixás e alabês dos terreiros no álbum Matriarcas.
Programado para ser lançado em 29 de março, com capa que expõe ilustração de Suzane Lopes, álbum Matriarcas é assinado pelo gruo Pradarrum, do qual Gabi Guedes é líder.
Criado para preservar e difundir as tradições da música afro-brasileira de caráter religioso, o grupo Pradarrum reverencia no disco a luta e a resistência das mães pretas e mães de santo dos terreiros e das comunidades quilombolas.
O repertório do álbum Matriarcas é composto por dez temas que passeiam pela música sagrada dos terreiros, misturando ritmos das nações Angola, Ketu e Gêge com gêneros musicais também entranhados na cultura afro-brasileira, como o samba, o funk e o jazz.
O disco ecoa cantos de terreiro adaptados por Gabi Guedes com Felipe Guedes – casos de Águas de Oxalá (gravado com a adesão da cantora Ellen Oléria), Encruzilhada, Pèrègún e Senhora Mãe – e apresenta Gabi's blues, música composta pelo maestro Letieres Leite (1959 – 2021) para Gabi Guedes, além de composição de Rosa Nunes, Roda de sete, gravada pelo grupo Pradarrum com a cantora Márcia Short.
Representante da comunidade LGBTQIAPN+, a banda Panteras Negras participa de Jazz Angola, composição de Line Santana, Juliana Almeida, Aiala São Luís, Riane Mascarenhas e Ziati Franco.
Fonte: G1