16/04/2024

Dona Ivone Lara revive em álbum póstumo

Em 4 de setembro de 1999, quando pisou no palco do teatro do Sesc Vila Mariana, em São Paulo (SP), Dona Ivone Lara (13 de abril de 1922 – 16 de abril de 2018) ainda estava em cena com o show inspirado no álbum comemorativo dos 50 anos de carreira da dama do samba, Bodas de ouro, lançado em 1997.

É esse show – especificamente a apresentação daquele 4 de setembro de 1999 – que, 25 anos depois, gera o primeiro álbum ao vivo póstumo da cantora e compositora carioca.

Lançado hoje, 12 de abril, dentro da série Relicário do Selo Sesc, o álbum Dona Ivone Lara ao vivo no Sesc_1999 perpetua a apresentação feita pela artista com a banda formada pelos músicos Álvaro Barcelos (percussão), Armando Martinez (teclado), Edson Bastos (contrabaixo), Gilberto Torgano (bateria), Hélcio Brenha (sax e clarinete) e Maurício Verde (cavaquinho).

O roteiro do show encadeia 20 músicas que, no disco, totalizam 15 faixas, já que há dois medleys no repertório quase inteiramente autoral.

Espécie de best of do cancioneiro refinado da compositora, pioneira dos terreiros do samba, a seleção musical inclui joias como Liberdade (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1977), Sorriso de criança (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1979), Mas quem disse que eu te esqueço? (Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho, 1981), Tendência (Ivone Lara e Jorge Aragão, 1981), Candeeiro de vovó (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1996) – a música mais recente do roteiro na época – e Sorriso negro (Jorge Portela, Adilson de Barro e Jair de Carvalho, 1981), samba que, embora não tenha sido composto por Dona Ivone, ficou imortalizado na voz dessa artista que somente conseguiu se impor como cantora na segunda metade da década de 1970.

O álbum rebobina os maiores sucessos da artista. Um dos medleys do disco Dona Ivone Lara ao vivo no Sesc_1999 agrega os famosos sambas Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1976), Sonho meu (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978), Alguém me avisou (Ivone Lara, 1980) e Tiê (Ivone Lara, Hélio dos Santos e Mestre Fuleiro, 1934 / 1974).

 

Fonte: G1

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