Aplicativo de mensagens mais popular do Brasil, o WhatsApp propiciou a criação e a ampliação da parceria de Raimundo Fagner com Renato Teixeira. Foi pelo zap que o cearense Fagner enviou para Renato Teixeira as melodias que ganhariam letras do trovador paulista.
Ajustadas no estúdio pelo arranjador Maurício Novaes, as canções resultantes dessa nova leva de parcerias estão reunidas em Destinos, álbum que Fagner e Renato Teixeira lançarão em novembro, em edição da gravadora Kuarup.
Com capa assinada por Bento Andreato, filho do ilustrador Elifas Andreato (1946 – 2022), Destinos é o segundo álbum conjunto dos artistas, sucedendo Naturezas (2022), disco editado há dois anos pela mesma gravadora Kuarup.
Na noite de quarta-feira, 9 de outubro, Fagner, Renato Teixeira e o arranjador Mauricio Novaes se reuniram em São Paulo (SP) na sede da Kuarup – situada na casa do bairro de Pinheiros em que Renato Teixeira morou na década de 1970 – para uma audição comentada das dez faixas do disco, muitas já lançadas em singles.
Aberto com o maior sucesso do cancioneiro de Renato Teixeira, Romaria (1977), na voz de Fagner, o álbum Destinos reúne convidados como Chico Teixeira, Evandro Mesquita, Isabel Teixeira, Roberta Campos, Roberta Spindel e Zeca Baleiro.
Filho de Renato Teixeira, Chico aparece em Travesseiro e cafuné. Evandro Mesquita canta Blues 73, música gravada na cadência de foxtrote. Filha de Renato Teixeira, a atriz e dramaturga Isabel Teixeira pôs voz na canção Magia e precisão, gravada com o toque do piano de Mauricio Novaes.
Roberta Campos acentua o tom folk da canção Quando for amor. Roberta Spindel é a convidada de Arde mas cura. Já Zeca Baleiro aparece na música O prazer de lembrar é bom.
Almir Sater integraria o time de convidados do disco, mas acabou ficando sem tempo por conta das gravações da novela Renascer (2024).
Entre as dez faixas do álbum Destinos, há também Dominguinhos – tema em homenagem ao cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano que saiu de cena há 11 anos – e Amor amar.
Completa o repertório uma regravação de Linda flor da madrugada (Capiba, 1941), música abordada por Fagner no primeiro álbum do artista, em 1973, com o título de Serenou na madrugada e o crédito de tema tradicional do folclore em adaptação de Fagner.
Fonte: G1